Máquina Analítica

Em 1833, Babbage desenvolveu o projecto da “Máquina Analítica”, que ao contrário do projecto da sua predecessora, não era apenas para solucionar um tipo de problema matemático, mas para fazer vários tipos de operações, senão uma ampla gama de tarefas de cálculo, de acordo com instruções fornecidas por seu operador.

Seria "uma máquina de natureza a mais geral possível", como dizia Babbage - em nada inferior, realmente, ao primeiro computador programável para todos os fins.

  • Usava um sistema decimal e era capaz de realizar virtualmente qualquer operação.
  • De acordo com o projeto, a máquina analítica de Babbage podia somar, subtrair, multiplicar e dividir em sequência automática a uma velocidade de 60 somas por minuto.
  • A máquina - quando construída - seguiria instruções programadas e seria mesmo capaz de optar entre instruções diferentes, baseando-se nos resultados das operações anteriores.
  • Tanto os dados como as instruções eram introduzidas por meio de cartões perfurados, e os resultados finais sairiam impressos automaticamente.

O seu principal mérito deste projecto foi definir e dar forma aos conceitos básicos de um computador:

  • módulos de armazenamento (memória);
  • unidade operadora (com 4 operações);
  • entrada e saída de dados (cartões perfurados);
  • sequência de instruções (programa).

 

Nota:

Babbage gastou todo  o seu dinheiro pessoal (e o do seu filho, que com ele trabalhou durante anos) na construção da Máquina Analítica. Charles Babbage veio a falecer em 1871, sem terminar a construção.

Tudo o que existe dela são restos de planos e desenhos, e parte do "moinho" e da impressora, que o filho de Babbage resolveu construir. Hoje, estas partes da máquina construida pelo filho de  Babbage, encontram-se como peças de Museu.